Avaliação clínica e radiográfica da correção cirúrgica do hálux valgo grave e moderado por osteotomia cupuliforme da base do I metatarso

Autores

  • Fernando Araújo Silva Lopes
  • Rodrigo Simões Castilho
  • Bruno Fares Dias
  • Roberto Zambelli de Almeida Pinto

Palavras-chave:

Osteotomia/metodos; Hálux valgo/cirurgia; Resultados de tratamento

Resumo

Objetivo: Avaliar, qualitativa e quantitativamente, o potencial de correção da deformidade dos ângulos intermetatársico e metatarsofalângico, e o índice de satisfação dos pacientes. Métodos: Por diversas técnicas foram operados 56 pés com deformidade sintomática moderada ou grave entre 2002 e 2011. Destes, foram avaliados 35 pacientes (38 pés) operados com a mesma técnica e pelo mesmo cirurgião, sendo 89% deles do gênero feminino, 57,9% do lado direito e tendo como média de idade 46 anos. As medidas pré-operatórias foram, para ângulo intermetatársico médio, 14,3º e, para ângulo metatarsofalângico médio, 31,6º. O tempo de seguimento foi de 1,7 meses. As medidas radiográficas dos pés em AP e perfil com apoio, bem como a sintomatologia pré e pós-operatória, também foram avaliadas. Utilizaram-se, nas avaliações, o protocolo do serviço onde o estudo foi realizado e o escore da American Orthopaedic Foot and Ankle Society. As vias de acesso foram três: osteotomia cupuliforme da base do I metatarso, capsuloplastia medial metatarsofalângica e tenotomia do tendão adutor do hálux. As osteotomias foram fixadas com dois fios de Kirschner ou com um ou com dois parafusos. Resultados: O ângulo intermetatársico pós-operatório variou, em média, 9,1º e o metatarsofalângico 15,9º. Na avaliação subjetiva, 31 pacientes ficaram satisfeitos, 2 parcialmente satisfeitos e 2 insatisfeitos. O escore final da American Orthopaedic Foot and Ankle Society teve 92,1% com resultados excelentes ou bons e 7,9% com resultados regulares. Não houve queixas de metatarsalgias no pós-operatório. Conclusão: A técnica empregada no tratamento das deformidades sintomáticas moderadas e graves foi eficiente na redução quantitativa da deformidade, propiciando índices elevados de satisfação do paciente.

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Publicado

2012-12-31

Edição

Seção

Artigos Originais

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