Tratamento cirúrgico das fraturas articulares do tipo língua do calcâneo: comparação dos resultados clínico-funcionais entre a técnica aberta clássica e a percutânea

Autores

  • Sidney Silva de Paula
  • Rodrigo Abbud Canova
  • Wesley Gidi Secco
  • Afonso Klein Junior
  • Lie Mara Hirata
  • Natasha Assis Baruffi

Palavras-chave:

Calcâneo/lesões; Calcâneo/cirurgia; Fixação interna de fraturas; Fraturas ósseas/cirurgia; Procedimentos ortopédicos/métodos

Resumo

Objetivo: Realizar um estudo retrospectivo caso-controle, comparando os resultados das fraturas articulares do tipo língua do calcâneo operadas por duas técnicas: cirurgia aberta clássica ou percutânea. Métodos: Entre janeiro de 2005 e dezembro de 2007, foram operados pela técnica percutânea 15 pacientes com fraturas do tipo língua (Grupo A). Esses pacientes foram comparados a outros 15, operados pela técnica aberta clássica e fixação com placa (Grupo B), levando-se em conta semelhanças em relação à idade, sexo, lado acometido, tipo de fratura e desvio inicial. Resultados: O seguimento mínimo foi de dez meses. Ocorreram mais complicações precoces (p=0,005) e tardias (p=0,004) nos pacientes do Grupo B. O número de pacientes com AOFAS considerado bom/excelente (>80) e o AOFAS médio dos pacientes do Grupo A foi levemente superior (ambos sem diferença estatística: p=0,2557 e p=0,1224, respectivamente). Separando-se os pacientes pelo ângulo de Böhler pós-operatório, em ambos os grupos os pacientes com Böhler >20º tiveram um AOFAS médio significativamente superior (p=0,0002). Agrupando-se os pacientes num único grupo (n=30), o AOFAS médio dos 22 pacientes com Böhler >20º também foi significativamente maior (p=0,0001). Conclusões: O tratamento cirúrgico percutâneo das fraturas do calcâneo leva a resultados clínico-funcionais semelhantes àqueles da redução aberta e fixação com placa, porém com menos complicações pós-operatórias. No presente estudo, o fator mais importante para uma boa evolução clínica não foi a técnica cirúrgica empregada, e sim a qualidade da redução pós-operatória, com melhor evolução para os pacientes que atingiram um ângulo de Böhler maior que 20º.

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Publicado

2009-12-31

Edição

Seção

Artigos Originais