DOENÇA DE MÜLLER-WEISS: O STATUS DA ARTE – UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

Resumo

A Doença de Müller-Weiss gera alterações biomecânicas complexas dos pés, sendo sua verdadeira prevalência desconhecida. Muitos casos são subdiagnosticados, visto que alguns pacientes não apresentam sintomas, mas principalmente porque o diagnóstico não faz parte do escopo do ortopedista em geral. Quando presente, a característica clínica mais marcante é a presença do pé plano paradoxal com dor no mediopé de início insidioso, dificuldade para caminhar e desabamento progressivo do arco plantar. Frequentemente acomete mulheres com envolvimento bilateral. O tratamento inicial compreende mudanças no estilo de vida (como perda de peso e prática de atividades físicas) modificações no uso de calçados e palmilhas sob molde com elevação de toda borda lateral. Nos casos não responsivos ao tratamento clínico, a cirurgia é uma opção viável. A artrodese talo-naviculo-cuneiforme é uma das opções cirúrgicas para melhora da dor e correção da deformidade com recuperação do alinhamento do retropé. Essa revisão sistemática visa discutir a importância do tema, uma vez que comumente subdiagnosticado, chega ao médico ortopedista com complexas alterações anatômicas e biomecânicas, trazendo maiores dificuldades para obtenção de um resultado satisfatório.