Reconstrução de lesão crônica da sindesmose tibiofibular distal com o tendão fibular longo

Autores

  • Mário Kuhn Adames
  • Gustavo Batista Birro
  • Renan Gallas Mombach

Palavras-chave:

Articulação do tornozelo; Instabilidade articular; Ligamentos articulares/lesões; Ligamentos articulares/cirurgia

Resumo

Objetivo: A estabilidade dinâmica e a congruência da articulação do tornozelo têm relação direta com a integridade do complexo ligamentar da sindesmose tibiofibular distal, principalmente quando associada a fratura e/ou luxações no tornozelo. As lesões agudas têm classificação e tratamento sistematizado, mas, sobre as lesões crônicas, a literatura é escassa e ainda não apresenta uma padronização de seu tratamento. A principal alteração anatômica é a translação do tálus sob a tíbia, principalmente na eversão do pé e rotação do tornozelo. Clinicamente, os pacientes com lesão crônica da sindesmose apresentam-se com dor e instabilidade há mais de 3 meses do trauma inicial. O objetivo deste trabalho foi avaliar pacientes submetidos a ligamentoplastia segundo o método de Grass et al., buscando reconstruir as relações anatômicas normais do complexo da sindesmose. Métodos: Realizou-se a ligamentoplastia em sete pacientes com dor e instabilidade crônica da sindesmose e radiologicamente com espaço claro articular da sindesmose >1cm, após trauma em rotação externa do tornozelo, em pronação na articulação do tornozelo, associado ou não a fratura. Lesão prévia esteve presente em dois casos com lesão osteocondral do tálus e três apresentavam fratura da fíbula alta AO-44C3. Resultados: O seguimento médio foi de 62 meses (variando de 26 a 110 meses). Seis pacientes retomaram suas atividades prévias à lesão e estavam satisfeitos com o resultado da cirurgia. Dois pacientes apresentaram diminuição da mobilidade do tornozelo entre 10 e 30o de dorsi e plantiflexão, provavelmente em razão de quadro pré-operatório de osteoartrose do tornozelo, sendo que um paciente estava insatisfeito devido à limitação funcional decorrente da sinostose tibiofibular. No período pós-operatório, não houve nenhum caso de infecção, mas houve uma neuropraxia de nervo fibular comum, com remissão. Seis pacientes apresentaram melhora do quadro de edema e instabilidade, com ganho de força e habilidade nas atividades diárias. Na última avaliação, todos os pacientes apresentavam melhora, segundo o escore da American Orthopaedic Foot and Ankle Society (AOFAS), com uma média de 79,71 pontos, variando de 58 a 92 pontos, sendo que os resultados inferiores tiveram uma relação direta com o sobrepeso dos pacientes e o estágio pré-operatório da lesão cartilaginosa na articulação do tornozelo. Conjecturamos que (Em conjetura

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Publicado

2012-12-31

Edição

Seção

Artigos Originais

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