Influência do piso, calçado e massa corporal na ocorrência de entorses de tornozelo em mulheres

Autores

  • Luiz Carlos Ribeiro Lara
  • Delmo João Carlos Montesi Neto
  • André Carvalho Paulino da Costa
  • José Roberto Vasconcelos Miranda
  • Alexandre de Paiva Luciano

Palavras-chave:

Tornozelo/lesões; Entorses e distensões; Sapatos; Mulheres

Resumo

Objetivo: Avaliar as entorses de tornozelo, relacionando-as ao tipo de calçado, ao piso, ao índice de massa corporal e à idade. Métodos: Foram analisados 150 pacientes femininos com entorse do tornozelo. As pacientes responderam um questionário sobre o tipo do calçado que usavam no momento da entorse, o piso e o índice de massa corporal. Os tipos de calçados utilizados no momento da entorse foram: chinelos, calçados com salto (plataforma, salto alto e médio), tênis ou estavam descalças. Calculamos o índice de massa corporal, que foi classificando em baixo peso, normal, sobrepeso e obesidade. Quanto ao tipo de piso, dividimos em irregular (escada, terra e grama) e regular (piso frio, concreto, asfalto, madeira e emborrachado). As entorses foram classificadas quanto à localização (lateral, medial ou mista) e ao grau (I, II ou III). Resultados: Dentre as pacientes, 68% eram jovens e adultas jovens (20 a 40 anos), 19,3% adultas (40 a 60 anos) e 12% idosas. A maioria das pacientes (71,3%) apresentava peso baixo e normal, e 28,7% correspondiam à obesidade e ao sobrepeso. Ocorreram em piso regular 58% das entorses. Os sapatos de salto (plataforma, salto alto e médio) representaram 36,7% das entorses, com predomínio do tipo plataforma (24%); o chinelo representou 29,3%; o tênis, 28,7%; e pés descalços, 5,3%. Lesão lateral isolada foi evidenciada em 83,3%, a medial em 10,7% e a mista em 6% dos casos. Das lesões, 10,7% ocorreram durante prática esportiva. Conclusão: Não houve significância entre as variáveis tipo do piso, índice de massa corporal e idade. As entorses se mostraram homogêneas em relação ao tipo de piso e de calçado nas lesões laterais. As entorses mediais foram estatisticamente significantes nas pacientes que usavam chinelos. Nível de Evidência IV, Série de Casos.

Publicado

2016-12-31

Edição

Seção

Artigos Originais

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