PO 18204 - Artroscopia do tornozelo via posterior para fixação percutânea de maléolo tibial posterior

Autores

  • Guilherme de Souza Fernandes Instituto Velleca de artroscopia, Porto Alegre, RS, Brasil
  • Claudio Velleca e Silva Instituto Velleca de artroscopia, Porto Alegre,RS, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.30795/scijfootankle.2019.v13.1032

Palavras-chave:

Tornozelo, Endoscopia, Acesso posterior

Resumo

Introdução: Os autores relatam o caso de uma paciente de 47 anos que sofreu queda da própria altura com entorse do tornozelo, evoluindo com fratura-luxação póstero-lateral, classificação de Laugen-Hansen supinação rotação externa fase 4. Objetivo: avaliar o uso da endoscopia via posterior do tornozelo no auxílio da síntese de fraturas do maléolo posterior da tíbia. Material e método: relato de caso de uma paciente com fratura luxação póstero-lateral do tornozelo e uso da endoscopia para seu tratamento. Métodos: Realizados exames na emergência que evidenciaram fratura do maléolo posterior da tíbia típico fragmento de Volkmann, fratura do maléolo lateral tipo B de Dennis-Weber com luxação póstero-lateral da articulação. Foi realizada e feita imobilização. Paciente foi submetida ao tratamento cirúrgico com endoscopia via posterior do tornozelo para visualização e fixação percutânea da fratura do maléolo posterior e redução aberta, e fixação interna com incisão direta na fíbula do maléolo lateral. Resultados: O uso dos métodos endoscópicos e artroscópicos do tornozelo tem ganho popularidade, porém ainda há muito receio com uso da endoscopia via posterior, por ter uma limitada visão e sua indicação ser menos abrangente que a via anterior. Hoje tem-se como indicação da via posterior as lesões osteocondrais da subtalar, fratura do maléolo posterior da tíbia e do calcâneo, tenossinovite do flexor longo do hallux e sinovites posteriores. O uso da endoscopia nesse caso serviu, mesmo que com a limitada visualização, para a redução e fixação do maléolo posterior via percutânea sem a necessidade de uso do acesso clássico posterior; dessa forma o pós-operatório torna-se menos doloroso e tem-se uma recuperação mais rápida em comparação ao uso da incisão clássica. Conclusão: Esperamos que com o tempo o uso da endoscopia via posterior, nos casos de fratura do maléolo posterior, venha a ganhar mais espaço entre os cirurgiões visto que há redução do tempo de internação hospitalar e regresso precoce às atividades cotidianas. A endoscopia via posterior do tornozelo não está isenta de complicações e tem uma curva de aprendizado maior em relação à via anterior. Um conhecimento da anatomia, indicações e técnica torna-se indispensável.

Publicado

2019-11-11

Como Citar

de Souza Fernandes, G., & Velleca e Silva, C. (2019). PO 18204 - Artroscopia do tornozelo via posterior para fixação percutânea de maléolo tibial posterior. Scientific Journal of the Foot & Ankle, 13(Supl 1), 44S. https://doi.org/10.30795/scijfootankle.2019.v13.1032