PO 18216 - Avaliação ultrassonográfica do nervo tibial em pacientes portadores de hanseníase

Autores

  • Jorge Eduardo de Schoucair Jambeiro Hospital Santa Izabel - Santa Casa da Bahia, Salvador BA, Brasil
  • Antero Tavare Cordeiro Neto Hospital Santa Izabel - Santa Casa da Bahia, Salvador BA, Brasil
  • Fernando Delmonte Moreira Hospital Santa Izabel - Santa Casa da Bahia, Salvador BA, Brasil
  • José Augusto de Oliveira Hospital Santa Izabel - Santa Casa da Bahia, Salvador BA, Brasil
  • Victor Hohlenwerger Barral Instituto Couto Maia, Salvador BA, Brasil
  • Adriana Anunciação Mendes Instituto Couto Maia, Salvador BA, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.30795/scijfootankle.2019.v13.1035

Palavras-chave:

Hanseníase, Ultrassonografia neural, Neuropatia da hanseníase

Resumo

Introdução: O Brasil é o segundo país do mundo com mais casos de hanseníase. O diagnóstico precoce do envolvimento neural é um dos objetivos mais importantes do tratamento. Tradicionalmente, o exame clínico faz o diagnóstico, no entanto, a palpação clínica tem limitações que podem levar a um atraso no diagnóstico. A ultrassonografia (USG) fornece medições objetivas do espessamento neural. O parâmetro mais importante na USG é a área da seção transversal (AST) do nervo. Até onde sabemos, ainda não foram realizados estudos com avaliação da hanseníase do nervo tibial através da USG. Este estudo tem como objetivo analisar a USG como método de avaliação do nervo tibial posterior em pacientes com hanseníase. Métodos: Trata-se de um estudo prospectivo, não randomizado, em pacientes com hanseníase do nervo tibial, comparando os achados da USG realizados com os dados clínicos desses pacientes.Resultados: Foram avaliados 16 nervos tibiais em 8 pacientes; a idade média foi de 53,4 anos, a maior AST encontrada foi de 24,6 mm2, em média 15,0 mm2, 75% apresentaram alterações de sensibilidade, 33,3% tiveram anestesia, 16,7% tiveram perda de sensibilidade profunda, 25% apresentaram perda de sensibilidade protetora e outros 25% apresentaram diminuição da sensibilidade. Clinicamente, 25% dos pacientes tinham o dedo do pé em garra e 18,75% tinham úlcera plantar. Discussão: A USG demonstrou aumento da AST do nervo tibial em 87,5% dos casos, houve uma variação considerável no tamanho da AST para pacientes com espessamento pela palpação e poderia representar diferentes níveis de envolvimento neural para o mesmo achado clínico. Observamos maior perda de sensibilidade em pacientes com maior AST do nervo tibial, assim como a presença do dedo do pé em garra e úlcera plantar. Conclusão: A USG é um método adequado para avaliar o espessamento neural em pacientes com hanseníase. Outros estudos são necessários para uma melhor correlação da AST com dados clínicos e determinação de condutas clínicas.

 

Publicado

2019-11-11

Como Citar

de Schoucair Jambeiro, J. E., Tavare Cordeiro Neto, A., Delmonte Moreira, F., de Oliveira, J. A., Hohlenwerger Barral, V., & Anunciação Mendes, A. (2019). PO 18216 - Avaliação ultrassonográfica do nervo tibial em pacientes portadores de hanseníase. Scientific Journal of the Foot & Ankle, 13(Supl 1), 47S. https://doi.org/10.30795/scijfootankle.2019.v13.1035