TL 18077 - Neoligamentoplastia sintética com FiberTape tem a mesma rigidez que os parafusos transarticulares em lesões sutis de Lisfranc

Autores

  • Caio Augusto de Souza Nery Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil
  • Daniel Soares Baumfeld
  • Tiago Soares Baumfeld
  • Marcelo Pires Prado
  • Pablo Wagner Orthopaedic Department - Clinica Alemana De Santiago - Universidad del Desarrollo, Santiago, Chile
  • Emilio Wagner Orthopaedic Department - Clinica Alemana De Santiago - Universidad del Desarrollo, Santiago, Chile

DOI:

https://doi.org/10.30795/scijfootankle.2019.v13.1036

Palavras-chave:

Articulação de Lisfranc, Fixação interna, Neoligamentoplastia

Resumo

Introdução: As lesões na articulação de Lisfranc ocorrem por trauma direto ou indireto. Recentemente, novas opções de tratamento estão sendo procuradas, a fim de utilizar métodos que permitam uma fixação mais fisiológica dessa articulação. O objetivo deste estudo foi analisar a estabilidade de um modelo de cadáver da lesão de Lisfranc fixado com uma neoligamentoplastia sintética em comparação com a tradicional fixação com parafuso transarticular. Métodos: Foram utilizados 24 espécimes congelados frescos da parte inferior da perna de cadáveres. Os ossos cuneiformes medial (C1) e intermediário (C2), primeiro (M1) e segundo (M2) metatarsos foram marcados. Uma lesão ligamentar completa foi realizada entre C1-C2 e C1-M2 em 12 amostras (Grupo 1), e entre C1-C2, C1-M2, C1-M1 e C2-M2 em 12 amostras pareadas (Grupo 2). Os grupos foram ainda divididos em fixação com parafusos (G1 Parafusos e G2 Parafusos) e com fita (G1 Fita e G2 Fita). O grupo de fixação com fita usou uma técnica de fixação descrita por este grupo, usando FiberTape (Arthrex, Inc.). Após a lesão e fixação do ligamento, a rigidez da construção foi medida com a ajuda de um braço digitalizador 3D sob uma condição de estresse (pronação e supinação do antepé). Resultados: A distância C1-C2 aumentou 3 mm após a lesão ligamentar (aumento de 23%) com movimento de supinação. C1-M2 aumentou 4 mm após a lesão ligamentar (aumento de 21%) com o movimento da pronação. As distâncias entre C1-M1 e C2-M2 só mudaram no Grupo 2, aumentando 3 mm (14%) e 2 mm (16%), respectivamente. A rigidez entre C1-C2, C1-M1 e C2-M2 não diferiu entre a fixação com parafusos e com fita. A fixação com parafusos apresentou maior rigidez na distância C1-M2 (p=0,03), mas apenas no estresse de pronação. Conclusão: A fita e os parafusos podem produzir a mesma rigidez após a reparação das lesões do ligamento de Lisfranc, com exceção da distância C1-M2 no estresse de pronação.

Publicado

2019-11-11

Como Citar

de Souza Nery, C. A., Baumfeld, D. S., Baumfeld, T. S., Prado, M. P., Wagner, P., & Wagner, E. (2019). TL 18077 - Neoligamentoplastia sintética com FiberTape tem a mesma rigidez que os parafusos transarticulares em lesões sutis de Lisfranc. Scientific Journal of the Foot & Ankle, 13(Supl 1), 71S. https://doi.org/10.30795/scijfootankle.2019.v13.1036