TL 18182 - Osteotomia da falange distal na deformidade do hálux

Nossa experiência clínica

Resumo

Introdução: Existem muitas técnicas para corrigir a deformidade do hálux. A maioria inclui osteotomias dos metatarsos e/ou das falanges. A osteotomia de Akin da falange proximal é usada para corrigir o ângulo do conjunto articular distal (ACAD) ou o ângulo interfalângico. No entanto, as indicações para a osteotomia da falange distal continuam sem publicação. O objetivo deste estudo é comprovar o benefício de se fazer uma osteotomia na falange distal em alguns casos, para corrigir as deformidades do hálux. Métodos: Relatamos 9 casos em que a osteotomia da falange distal foi realizada para corrigir a deformidade do hálux. Foram realizadas medições radiográficas em radiografias dorsoplantar com paciente em pé para analisar o ângulo do conjunto articular distal, a obliquidade interfalângica, o ângulo interfalângico e os ângulos metatarsofalângicos. Os casos são descritos. A técnica cirúrgica foi realizada por cirurgia com incisão mínima (CIM) e por fluoroscopia. Os resultados clínicos foram avaliados pela escala visual analógica (EVA) e pela escala do antepé da Sociedade Ortopédica Americana do Pé e Tornozelo (American Orthopaedic Foot and Ankle Society – AOFAS). O seguimento médio foi de 92 meses. Resultado: O resultado clínico para todos os pacientes foi excelente, a dor foi aliviada e as deformidades corrigidas. O ACAD, a obliquidade interfalângica, o ângulo interfalângico e o ângulo F2-metatarsofalângico foram corrigidos. Os pacientes ficaram muito satisfeitos com os resultados estéticos e funcionais. Somente três casos foram realizados nos últimos dois anos e os resultados a longo prazo ainda precisam ser avaliados. No entanto, em um acompanhamento de 10 anos, podemos ver que a correção feita nos cinco casos restantes ainda perdura. Conclusão: A correção de uma deformidade do hálux valgo pode ser realizada com uma osteotomia da falange proximal. Nos casos com desvio do hálux valgo na falange distal, uma osteotomia corretiva da F2 isolada ou associada à osteotomia da falange proximal deve ser considerada.