TL 18192 - Perspectiva do método de Ponseti no tratamento do pé equinovaro associado à síndrome das bandas de constrição congênitas

Autores

  • Jordanna Maria Pereira Bergamasco Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil
  • Marcelo Chakkour Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil
  • Raoni Madeiro Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil
  • Marco Tulio Costa Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil
  • Ricardo Cardenuto Ferreira Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil
  • Noé de Marchi Neto Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.30795/scijfootankle.2019.v13.1085

Palavras-chave:

Pé torto equinovaro, Método Ponseti, Bandas de constrição, Defeito congênito

Resumo

Introdução: A síndrome das bandas de constrição congênita é uma anomalia rara com incidência de cerca de 1:15.000 de nascidos vivos e manifesta-se como um anel fibroso envolvendo a fáscia profunda e comprometendo o sistema venoso e linfático, dependendo da sua profundidade. Existe forte associação entre a presença de anéis fibróticos nos membros inferiores e malformações nos pés com a prevalência do pé equinovaro variando de 12 até 56%. Os pés equinovaros associados à síndrome das bandas de constrição congênitas são caracterizados por rigidez e edema, tendendo a responder mal ao tratamento conservador. Apresentamos uma série de casos de pés equinovaros associados à síndrome das bandas de constrição tratados com manipulações e trocas gessadas pelo método de Ponseti. Métodos: Nos últimos dez anos acompanhamos 19 pacientes com síndrome das bandas de constrição congênitas acometendo os membros inferiores. Destes, 6 apresentavam pés equinovaros, sendo 2 com comprometimento bilateral. As seis crianças desta série apresentavam os anéis de constrição na zona 2 de Hennigan e Kuo. Os 8 pés acometidos eram rígidos com Pirani médio de 5,5 e Dimeglio III. Quatro extremidades que apresentavam bandas de constrição completa foram inicialmente submetidas à zetaplastia para liberação das bandas seguidas de manipulação e as trocas gessadas. As outras quatro extremidades apresentavam bandas incompletas e submetidas inicialmente às manipulações pelo método de Ponseti, e liberação das bandas no momento da tenotomia do Aquiles. Resultados: Com seguimento médio de cinco anos, 7 pés analisados apresentam-se plantígrados e indolores, sem limitações para as atividades diárias e apenas um pé apresentou limitação da dorsiflexão e aguarda cirurgia corretiva. Este membro apresentava dupla banda na zona II, ambas completas e profundas. Conclusão: Apesar da rigidez, os pés equinovaros secundários à síndrome das bandas de constrição congênitas apresentam bons resultados quando tratados pelo método de Ponseti.

Publicado

2019-11-11

Como Citar

Bergamasco, J. M. P., Chakkour, M., Madeiro, R., Costa, M. T., Ferreira, R. C., & Marchi Neto, N. de. (2019). TL 18192 - Perspectiva do método de Ponseti no tratamento do pé equinovaro associado à síndrome das bandas de constrição congênitas. Scientific Journal of the Foot & Ankle, 13(Supl 1), 106S. https://doi.org/10.30795/scijfootankle.2019.v13.1085