Fraturas de pilão tibial tipo AO 43C
o que influencia o resultado funcional?
DOI:
https://doi.org/10.30795/scijfootankle.2018.v12.817Palavras-chave:
Fraturas da tíbia, Fraturas intra-articulares, Fíbula; Redução aberta, Inquéritos e questionáriosResumo
Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar prospectivamente os casos operados de fratura do pilão tibial tipo AO 43C e avaliar quais os fatores que podem influenciar no resultado funcional no pós-operatório tardio.
Métodos: Os pacientes foram classificados de acordo com a Classificação da OTA/AO através de exames de raio X e tomografia computadorizada e incluídos os do tipo 43C. Foram realizadas 98 cirurgias de osteossíntese do pilão tibial e, segundo os critérios de inclusão, foram selecionados para o estudo 35 casos. O protocolo de tratamento estabelecido foi baseado na Classificação de Tscherne. Resultados: Com relação às complicações imediatas de pele observamos que ela pode ser um fator prognóstico para a retirada de material de síntese tardio (média de 2 anos de pós-operatório), pois houve associação entre as complicações de pele e a retirada do material de síntese. Com relação à complicação tardia relacionada à artrose obtivemos uma elevada incidência em ambos os grupos, o que denota que a artrose póstraumática
das fraturas de pilão 43C é praticamente certa. Conclusão: Não houve diferença entre os grupos ao relacionarmos escore AOFAS e grau de artrose e complicações de pele e, portanto, as complicações não foram fatores que determinaram um desfecho na fratura de pilão tibial. Apesar de o dano à cartilagem, que ocorre no momento da lesão, ser um mediador significativo do resultado clínico, existem mais fatores importantes que afetam o resultado final do tratamento. Em nosso estudo esses fatores foram: o protoloco de tratamento baseado em acometimento de partes moles, reconstrução anatômica da articulação
e fixação interna rígida com movimento precoce. Nível de Evidência II; Estudos Terapêuticos; Prospectivo Comparativo.