Avaliação da sindesmose no pós-operatório de pacientes submetidos a tratamento cirúrgico de fratura suprasindesmoidal

Autores

DOI:

https://doi.org/10.30795/scijfootankle.2018.v12.818

Palavras-chave:

Tornozelo, Articulação do tornozelo, Traumatismos do tornozelo

Resumo

Objetivo: Demonstrar, mediante a mensuração de parâmetros pré-estabelecidos e universalmente aceitos, os padrões de reconstrução da sindesmose nas fraturas de tornozelo. Métodos: Num estudo retrospectivo, foram selecionadas as fraturas com imagem radiográfica do pós-operatório evidenciando fixação da sindesmose tíbio-fibular distal. Após esta seleção, foram avaliadas redução da fratura e da fixação da sindesmose, mediante a mensuração de parâmetros radiográficos, nos casos selecionados. Resultados: Vinte e três pacientes (63,8%) são do gênero masculino. 14 fraturas (38,8%) foram operadas por cirurgião sênior (especialista em pé e tornozelo). Todas as sindesmoses foram fixadas com apenas 1 parafuso e 35 pacientes (97,2%) tiveram fixação da sindesmose englobando 3 corticais. A média de altura de fixação da sindesmose, a partir da superfície articular foi de 2,20cm. Quatro fraturas (11,1%) apresentaram sinais radiográficos de reconstrução ligamentar medial. Na mensuração do espaço tíbio-fibular, na incidência ântero-posterior (AP), 33 pacientes (91,6%) tiveram valores dentro da normalidade. Em relação à sobreposição tíbio-fibular, no AP, 19 pacientes (52,7%) tiveram medidas com valores acima de 10mm (normal). Na avaliação da sobreposição tíbio-fibular, na incidência ântero-posterior verdadeira (APV), todos os pacientes (100%) apresentaram medidas superiores a 1mm (normal). Na medida do ângulo-talocrural, apenas 1 paciente não estava entre os parâmetros normais. Em relação ao espaço livre medial, apenas 2 pacientes (5,5%) tiveram valores acima da normalidade, no pós-operatório. Conclusão: A adoção de parâmetros objetivos, de modo padronizado, e em comparação com o lado contralateral, agrega valor adicional à avaliação e assegura um método acessível e reprodutível na avaliação destas lesões. Nível de Evidência II; Estudos Prognósticos; Estudo Retrospectivo.

Publicado

2018-12-30

Como Citar

Teixeira, M. de B., Albuquerque, G. S., Segundo, C. R. S. L., Carneiro, F. R. S., Guimarães, J. S., & Moreno, M. V. M. G. (2018). Avaliação da sindesmose no pós-operatório de pacientes submetidos a tratamento cirúrgico de fratura suprasindesmoidal. Scientific Journal of the Foot & Ankle, 12(4), 276–83. https://doi.org/10.30795/scijfootankle.2018.v12.818